Com a realização hoje do último dos cursos LBIM do segundo semestre do presente ano lectivo, chega o tempo de fazer um pequeno balanço.
Fotografia tirada no curso ANOVA e GLM
O ano de 2016 tem permitido a implementação de grandes mudanças no Laboratório de Bioestatística e Informática Médica (LBIM):
- Começámos este ano a estruturar os cursos que oferecemos (abertos a toda a comunidade) numa estrutura coerente: os cursos LBIM2016. Até hoje já decorreram 10 desses cursos, estando ainda previstos 4 cursos entre Setembro e Dezembro de 2016: Investigação Replicável, Análise Factorial e Análise de Clusters, O problema das comparações múltiplas e Classificação Estatística. Sendo certo que serão proximamente divulgados os cursos LBIM2017, ainda estamos em discussões internas sobre o seu formato.
- Iniciámos este ano a leccionação de novas Unidades Curriculares. Uma destas, "Métodos de Investigação I : Planeamento de Trabalhos Experimentais e de Dissertação", leccionada em ambos os semestres aos 4º e 5º anos do Mestrado Integrado em Medicina, permitiu fornecermos um apoio estruturado a alunos na fase em que estão a trabalhar nas suas dissertações de Mestrado. Para o LBIM, a inclusão desta Unidade Curricular opcional no plano do Mestrado Integrado em Medicina foi uma pequena revolução. De facto, há todos os anos muitos alunos da FMUC que pedem ajuda a membros do LBIM para a análise estatística dos dados das suas dissertações. No passado, essa ajuda era muitas vezes prestada de forma informal e quando possível, sem uma estrutura clara e em detrimento das demais actividades dos membros do LBIM, não sendo contabilizado na sua produção científica ou pedagógica. Neste momento, para além da possibilidade (quando faça sentido) que todos os alunos têm de serem orientados ou co-orientados por membros do LBIM, os alunos do Mestrado Integrado em Medicina podem inscrever-se na Unidade Curricular "Métodos de Investigação I : Planeamento de Trabalhos Experimentais e de Dissertação". Nesta pretende-se que os alunos adquiram todas as ferramentas para realizarem de forma autónoma toda a análise estatística dos seus dados - o acompanhamento é próprio, mas exige-se essa autonomia.
- Temos procurado eliminar o trabalho informal realizado por elementos do LBIM. Procura-se assim libertar um bem escasso essencial - tempo! - bem como aumentar indicadores de produtividade como orientações ou artigos publicados.
Naturalmente, todas as mudanças são ancoradas na continuidade da filosofia em que nos baseamos: procuramos ir para além da Estatística, defendendo as boas práticas que decorrem da correcta aplicação do método científico. Procuramos ainda ter a abertura que acreditamos dever caracterizar todos os grupos de investigação, sendo essa uma das razões pelas quais tentamos organizar um número grande de cursos e manter em funcionamento este blog. Temos como objectivo (reconhecidamente ainda pouco conseguido) a implementação de uma discussão activa sobre bioestatística e, de forma mais geral, como melhorar a investigação que é feita presentemente. O próximo curso que organizaremos, "Investigação Replicável", propõe-se discutir isso mesmo: qual é o estado da Ciência e como fazer melhor Ciência? Adicionalmente, não faltam ideias sobre os passos a seguir pelo LBIM para atingir o objectivo de dinamizar uma discussão mais profícua que envolva toda a Faculdade de Medicina e demais comunidade: esperamos ter novidades em breve.
Todas as sugestões, críticas ou comentários que nos possam deixar serão muito apreciadas.
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