quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Frequência absoluta e percentagens

O uso de percentagens em vez de valores absolutos é em muitas situações útil. Percentagens permitem a comparação entre dois valores, exprimindo quantidades relativas ou variações. Por vezes surge a dúvida: é melhor apresentar percentagens do que valores absolutos? Há quem seja defensor absoluto de percentagens (a mensagem seguinte é tirada de uma thread encontrada online):

Sem dúvida, as percentagens são úteis em muitas situações. Porém, a afirmação anterior, tão enfática, foi recebida com sarcasmo:

Há bons motivos para ser reticente ao uso exclusivo de percentagens. De facto, as mesmas poderão induzir em erro. Nas figuras seguintes, divulgadas num meio de comunicação social, recorreu-se a percentagens para exprimir o  aumento do número de vendas de automóveis de três marcas.



Se não tivessem sido incluídos também valores absolutos, a mera análise das percentagens levar-nos-ia a concluir ter havido um aumento de vendas de automóveis da marca Suzuki (1800%) muito superior ao da marca Smart (93.1%). Em valores absolutos, porém, verificamos terem sido vendidos mais 854 Smart e "apenas" mais 72 Suzuki do que no ano anterior. Neste caso, o que é mais ilustrativo da evolução das vendas dos automóveis - percentagens ou valores absolutos?

Não há regras definitivas que indiquem quando é melhor usar percentagens ou valores absolutos. Em muitos casos é melhor apresentar ambas. Em geral, nada melhor que o bom senso.

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